ROMANO GUARDINI (1885-1968) é amplamente considerado um dos maiores nomes do pensamento cristão do século XX.
Ao longo de sua vida, conjugou sobretudo as atividades como professor universitário — suas aulas de Filosofia da Religião em Berlim, Tübingen e Munique chamaram a atenção de figuras como a filósofa Hannah Arendt e o teólogo Joseph Ratzinger, o Papa Bento XVI — e o trabalho pastoral junto aos jovens — no movimento que reunia no Castelo de Rothenfels, dissolvido com a ascensão do nazismo, e mais tarde na Igreja Universitária de St. Ludwig, em Munique.
Autor de uma obra tão original quanto interdisciplinar e tão penetrante quanto atual, o impacto de Guardini foi decisivo nos movimentos que precederam o Concílio Vaticano II (1962-1965) e nos próprios documentos conciliares. Hoje, é uma das principais referências do Papa Francisco, o que se nota sobretudo na encíclica Laudato si’, sobre o cuidado da casa comum, e na carta apostólica Desiderio desideravi, sobre a formação litúrgica.
ROMANO GUARDINI (1885-1968) é amplamente considerado um dos maiores nomes do pensamento cristão do século XX.
Ao longo de sua vida, conjugou sobretudo as atividades como professor universitário — suas aulas de Filosofia da Religião em Berlim, Tübingen e Munique chamaram a atenção de figuras como a filósofa Hannah Arendt e o teólogo Joseph Ratzinger, o Papa Bento XVI — e o trabalho pastoral junto aos jovens — no movimento que reunia no Castelo de Rothenfels, dissolvido com a ascensão do nazismo, e mais tarde na Igreja Universitária de St. Ludwig, em Munique.
Autor de uma obra tão original quanto interdisciplinar e tão penetrante quanto atual, o impacto de Guardini foi decisivo nos movimentos que precederam o Concílio Vaticano II (1962-1965) e nos próprios documentos conciliares. Hoje, é uma das principais referências do Papa Francisco, o que se nota sobretudo na encíclica Laudato si’, sobre o cuidado da casa comum, e na carta apostólica Desiderio desideravi, sobre a formação litúrgica.
“Precisamos reaprender a habitar a relação religiosa como seres humanos por inteiro.”
Romano Guardini é um autor fundamental para entender a tarefa que as nossas comunidades têm diante da liturgia hoje. O ensaio Formação litúrgica aprofunda as questões levantadas em O espírito da liturgia — e, cem anos depois de sua primeira publicação, permanece tão atual que é trabalhado pelo Papa Francisco na carta apostólica Desiderio desideravi (2022) como chave de leitura para entender a situação da liturgia no presente.
Em 1923, um teólogo de 38 anos publicava um ensaio que marcaria a história da liturgia desde então — tanto que, quase cem anos depois, o Papa Francisco retomou-o como referência fundamental ao escrever a carta apostólica Desiderio desideravi, sobre a formação litúrgica. O tema, que consta no cabeçalho do documento, remete diretamente ao texto centenário do pensador ítalo-alemão Romano Guardini (1885-1968), intitulado Formação litúrgica (Liturgische Bildung, no original alemão).
Não é o tipo “formação litúrgica” que costuma vir imediatamente à nossa mente quando ouvimos essa expressão. O livro não é uma coletânea de informações sobre a celebração dos sacramentos nem um esforço por explicar os ritos católicos — e muito menos uma série de diretrizes sobre o que se pode e o que não se pode fazer na liturgia. O interesse de Guardini, que dedicou sua vida ministerial ao acompanhamento dos jovens, era outro: entender como a liturgia pode atuar como formadora do ser humano.
Numa época em que a espiritualidade se caracterizava por um intimismo desencarnado, enquanto a liturgia era entendida como um cerimonial puramente externo associado a algumas explicações abstratas, Guardini defendeu a unidade do ser humano em sua delicada articulação entre corpo e interioridade e em sua relação com o mundo ao seu redor. Compreendeu, assim, a força da ritualidade, uma linguagem para a qual o homem moderno tinha se tornado analfabeto.
Ele estava atento, porém, aos sinais que emergiam em seu tempo — sinais de cansaço diante de modelos formativos e educacionais insuficientes, que levavam a uma existência fragmentada. Profético, Guardini vislumbrou que chegávamos a uma nova época, capaz de devolver à liturgia sua plena potencialidade como experiência que dá forma a pessoas e comunidades capazes de se relacionar com o mundo de maneira diferente.
A Carpintaria traz, pela primeira vez em português, um dos clássicos do movimento litúrgico — a grande corrente que, a partir do início do século XX, preocupou-se com a renovação da liturgia cristã e levou o Concílio Vaticano II a priorizar a questão de sua reforma e promoção. Formação litúrgica delineou a grande tarefa para a liturgia hoje: “Apoiados por essa transformação interior de nosso tempo, precisamos reaprender a habitar a relação religiosa como seres humanos por inteiro”.
Encadernação: brochura
Dimensões: 12,5 x 18 x 1,4 cm
Páginas: 228
Peso:
ISBN: 978-65-998194-2-1
Ano de lançamento: 2023
Editor responsável: Felipe Sérgio Koller
Prefácio: Jerônimo Pereira
Introdução: Ângelo Cardita
Tradução: Christiane Meier
Preparação de texto: Juliana Amato
Projeto gráfico: Bruna Faccin
Capa: Luana do Valle
Ilustração de capa: Romolo Picoli Ronchetti
Carpintaria Casa Editorial Ltda.
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